TIPO DE PIERCING
O piercing nos genitais tem certamente uma valência sexual. As sensações
e as emoções que pode provocar são inúmeras, mas deve-se ter bem claro
que ocorrem cuidados constantes durante a fase de cicatrização. A dor é
mínima, é mais uma sensação de incômodo que irá atenuar-se até
desaparecer quando o piercing estiver perfeitamente cicatrizado. A
dimensão, a forma e a qualidade da jóia além da sua posição, são
fundamentais, especialmente neste tipo de piercing. É muito importante
que o piercer tenha ótimas noções de base sobre a anatomia da parte a
ser furada e uma correta abordagem psicológica.
Prince Albert
Trata-se do piercing genital mais difundido entre os homens e é aquele
que se cicatriza mais rapidamente. Deve o seu nome à lenda segundo a
qual, em época vitoriana, o Príncipe Alberto tivesse aplicado um anel na
ponta do pênis para segurar o prepúcio para trás e poder ter uma maior
higiene pessoal para não ofender a rainha. O Prince Albert é praticado
furando a base da cabeça do pênis pela uretra, e aplicando depois um
anel paralelo à linha do pênis.
Frenum
Trata-se de um piercing de origem européia que tinha uma dúplice
valência: de um lado, aumentar a estimulação sexual, do outro, podia ser
usado para evitar relações sexuais enfiando um pequeno cadeado no furo.
O frenum é realizado furando a pele do frênulo, abaixo da base do
pênis. Pode-se aplicar uma barra ou um anel que passando através do furo
circunda a ponta do pênis. Este é um piercing muito popular e
satisfatório, requer um procedimento e uma cicatrização simples e
rápidos.
Dydos
O Dydos é um piercing recente e pode ser aplicado somente em homens
circuncisos. É efetuado furando a pele da margem da glande e aplicando
uma barrinha. Normalmente usam-se em pares.
Foreskin
Este piercing é aplicado na pele do prepúcio e pode ser feito sozinho ou
com vários piercings. Sua origem é muito antiga, aos escravos gregos e
romanos era aplicado um anel na abertura do prepúcio de modo a impedir a
saída da glande e garantir a castidade dos escravos. Atualmente a
aplicação deste piercing é feita de modo a permitir a perfeita ereção,
aumentando as sensações através da esfregação do anel na glande. Visto
que a pele que é furada é muito fina, a cicatrização deste piercing é
muito rápida.
Padraya
Deste piercing fala-se também no Kamasutra como sendo uma fonte de
extremo prazer tanto para o homem quanto para a mulher. Trata-se de um
furo que atravessa verticalmente toda a ponta do pênis onde é aplicada
uma barra que sai da base do próprio pênis. É um piercing muito difícil
de realizar (portanto, é necessário contatar um profissional realmente
capaz!) e requer um período de cicatrização muito longo.
Ampallang
Piercing muito difundido na região do Oceano Indiano, onde é praticado
como rito de iniciação ou de passagem da puberdade. Sempre aplicado na
ponta do pênis, neste caso o furo é efetuado no sentido horizontal e é
aplicada uma barrinha. O piercing pode ou não passar pela uretra, e se
passar, a cicatrização – que de qualquer forma não é muito longa – tende
a ser ainda mais rápida.
Hafada
O piercing é aplicado na pele do escroto, geralmente aos lados entre o
testículo e a base do pênis. Podem-se aplicar também piercing múltiplos,
colocados tanto aos lados quanto no centro do escroto. O procedimento é
rápido e não é particularmente doloroso. Este piercing é originário das
populações árabes, para as quais representa a passagem para a idade
adulta e portanto a sua realização prevê um importante e rico
cerimonial. Entre os europeus, os primeiros a adotar este tipo de
piercing foram os franceses da Legião Estrangeira, que voltavam do norte
da África com estes ornamentos posicionados normalmente no lado
esquerdo do escroto.
Guiche
O furo é praticado no sentido horizontal na porção de pele entre o
escroto e o ânus, e trata-se de um dos piercings mais complexos de
realizar e utilizar, sobretudo para quem passa muito tempo sentado.
Também este piercing, entre os homens nativos do Sul do Pacífico, é
praticado como ritual de passagem durante a puberdade.